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MAPEADO O GENOMA DO SCHISTOSOMA MANSONI: PARASITO CAUSADOR DA ESQUISTOSSOMOSE

Equipe de pesquisadores do Centro de Pesquisas René Rachou (CPqRR), unidade mineira da Fiocruz, em colaboração com grupos de pesquisa dos Estados Unidos, Europa e com participação de pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), mapearam, pela primeira vez, o genoma do Schistosoma mansoni, parasito causador da esquistossomose, doença grave que atinge principalmente o Brasil e a África.

De acordo com Guilherme Oliveira, biólogo especializado em biologia molecular e chefe do Laboratório de Parasitologia Celular e Molecular do CPqRR e coordenador do Centro de Excelência em Bioinformática e da Rede Genoma de Minas Gerais, o que se espera com o seqüenciamento do genoma é o uso de abordagens modernas para a pesquisa e desenvolvimento de novos medicamentos. A partir desse trabalho, pode-se chegar à produção de uma vacina que combata a esquistossomose. “Até hoje, com os meios de investigação tradicionais, isso não pôde ser alcançado”, afirma Oliveira, que esteve à frente do grupo da Fiocruz envolvido no projeto.

Oliveira afirma que o seqüenciamento genético do Schistosoma mansoni é um importante marco para a comunidade científica: “abrem-se agora novas perspectivas de exploração global do Schistosoma, o que nos permitirá novas abordagens para a total compreensão da biologia do organismo e o desenvolvimento de fármacos e vacinas.” Milhões de pessoas em todo o mundo podem ser beneficiadas a partir desse trabalho, especialmente aquelas que vivem em áreas endêmicas.

A pesquisa, iniciada há cerca de quinze anos, teve financiamento proveniente dos institutos National Institutes of Health (NIH) e a Wellcome Trust Sanger Institute.

O trabalho foi publicado pela revista britânica Nature.

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