ANFÍBIOS PREFEREM SE REPRODUZIR NA LUA CHEIA.
Estudo diz que tal comportamento maximizaria possibilidade de reprodução e reduziria chance de ataque por predadores.
Os anfíbios sincronizam suas atividades de reprodução de acordo com a Lua cheia, segundo um estudo publicado na última edição da publicação científica Animal Behaviour.
Os pesquisadores da Open University britânica perceberam que sapos, rãs e salamandras coordenam seus encontros para procriar.
De acordo com a luz da Lua, um grande número de machos e fêmeas se reúne nos mesmos locais. Dessa forma, eles maximizariam as possibilidades de reprodução e, ao mesmo tempo, reduziriam as possibilidades de serem devorados por predadores.
A bióloga Rachel Grant, da Open University, estudava salamandras nos arredores de um lago na região central da Itália em 2005, quando reparou que havia diversas rãs na beira de uma estrada próxima durante uma noite de Lua cheia.
"Embora pudesse ter sido uma coincidência, no mês seguinte, repeti o caminho todos os dias no crepúsculo e descobri que o número de rãs na estrada aumentava quando a Lua estava crescente e atingia um pico na Lua cheia. Depois, voltava a cair", afirmou Grant.
Ao pesquisar a literatura científica, ela encontrou poucos registros sobre o comportamento, de forma que acabou retornando ao local em 2006 para uma pesquisa mais detalhada sobre os anfíbios.
A partir daí, ela comparou os seus dados com um estudo detalhado sobre os hábitos de sapos e rãs nas proximidades de Oxford, na Grã-Bretanha, realizado pelo supervisor dela, Tim Halliday, e com dados sobre sapos, rãs e salamandras nas proximidades do País de Gales, recolhidos por Elizabeth Chadwick, da Universidade de Cardiff.
"Analisamos os dados e percebemos um efeito lunar em todos os três locais", disse Grant.
O sapo comum (Bufo bufo), por exemplo, chega a todos os seus locais de reprodução, copula e procria por volta da lua cheia. Algo semelhante ocorre no caso da rã comum (Rana temporaria).
As salamandras também teriam a vida sexual afetada pelo ciclo lunar, embora os resultados sejam menos evidentes, segundo Grant.
O encontro das salamandras (Lissotriton vulgaris, L. helveticus e Triturus cristatus) tem seus picos tanto na lua nova quanto na cheia, mas elas "parecem evitar chegar ao local de cópula na época de quarto crescente."
"Isso poderia ocorrer devido ao campo magnético da Terra estar no seu auge nesta época", afirmou Grant, acrescentando serem necessários mais estudos.
FONTE: GLOBO
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