Pesquisadores criam vírus HIV sintético
Pesquisadores das universidades federais do Rio e de Pernambuco e também da USP anunciaram a criação, em laboratório, do vírus HIV artificial. A utilidade é para a fabricação de uma nova medicação para os...
... soropositivos chamada de vacina terapêutica.
Os cientistas chegaram ao vírus artificial usando uma técnica de clonagem que permite cortar e colar os pedaços de DNA, o código genético, até construir um genoma completo do HIV inativado.
“Fizemos uma obra de engenharia genética e colocamos esse vírus sintético dentro de um DNA vetor que permite a replicação ao infinito do vírus”, explicou o geneticista da UFPE, Sérgio Corvella.
Atualmente, as pesquisas utilizam o vírus coletado do próprio paciente soropositivo. “Para o cultivo do vírus do paciente, a gente precisa de dois meses e o vírus sintético em dois dias tem um monte de quantidade para poder ser utilizado”, disse a pesquisadora da USP, Alessandra Pontillo.
Na prática, ele estimula as células de defesa do organismo a identificar e combater o HIV. É mais um passo importante no desenvolvimento de uma vacina terapêutica para os pacientes com Aids.
A vacina foi testada em 18 pacientes e a metade deles teve a carga viral reduzida a quase zero. Isso quer dizer que o vírus HIV não foi detectado nos exames. A produção do vírus sintético em laboratório é considerada uma ferramenta importantíssima pelos pesquisadores para acelerar e baratear a fabricação da vacina.
“O objetivo da vacina é ensinar o nosso sistema imune a combater o vírus. Isso não acontece normalmente depois da infecção. Ou seja, restabelecer uma ação poderosa do nosso sistema imune”, afirmou o geneticista.
A próxima fase da pesquisa prevê testes da vacina terapêutica num grupo de mil pacientes. A medicação deve chegar à população em cerca de cinco anos.
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